21 de março de 2011

Deuses vs Natureza

Numa altura em que o Mundo inteiro tem os olhos postos no Japão e na mais recente calamidade e destruição que lá ocorreram, surgem as ideias de que o Apocalipse para 12 de Dezembro de 2012 há muito anunciado, chegou mais cedo. Será que é mesmo uma coisa dos Deuses? Será que é mesmo um fim escrito nas estrelas? Ou será apenas a mãe Natureza a fazer notar a sua presença e a mostrar aos Homens que nada nem ninguém é maior que ela e que nada nem ninguém a consegue controlar?
Desde sempre que as pessoas tentam arranjar teorias para estas brutais catástrofes. Os mais antigos, punham as culpas nos Deuses esses que tinham o objectivo de castigar os Homens pelos seus pecados e maldades e mostravam a sua fúria com fortes chuvas, trovoadas, movimentos violentos de chão e coisas que tais. Nas várias civilizações e religiões, com os seu vários deuses e Deuses, era assim, e ainda continua a sê-lo nos dias de hoje. Lembro-me de ouvir falar em arcas de Noé desde que me conheço como ser. Sinceramente, nunca acreditei muito nisso e sempre vi as coisas de forma mais natural e credível.
Da minha parte e de muitas outras, sempre acreditei que a mãe Natureza é o nosso Deus. Sendo a Terra um planeta dinâmico, não há nada mais normal que sismos, que não são mais que movimentos de placas tectónicas com uma imensa libertação de energia. Por mais tecnologias que o Homem invente, por mais contra-natura que ele tente ser, nunca consegue lutar contra a Natureza e com a sua forma de gritar "Estou aqui". Não consegue lutar e muito menos consegue vencê-la já que, em pouco segundos, acaba com tudo o que o Homem criou, incluindo com ele próprio.
Confesso que me emociono facilmente com as tragédias que tantas vezes passam na televisão. Mas pergunto-me: "O que podemos nós fazer?". Achamos-nos sempre superiores a tudo mas não passamos de apenas mais um ser vivo que evoluiu de outro e que acabará por ficar extinto. A Terra foi criada muito antes de nós, e sismos, erupções, tsunamis e destruição sempre existiram, sempre existirão, mesmo quando apenas de nós sobrarem fósseis e ruínas. Não é castigo dos Deus porque nos portamos mal, é apenas a Terra a manter o seu equilíbrio.
Tudo o que podemos fazer é chorar sobre a tragédia e, sendo um bocado egoísta, ter esperança que não nos atinja de forma directa e que seja só uma realidade dentro da caixinha de cores. Para além disso, podemos também apreciar a calma da Natureza sempre com o maior respeito possível, porque depressa pode deixar de a ter.

2 comentários:

  1. Oh feinha, já li tudoo.
    Agora quero mais textos novos para ler, tim? :D

    Beijinhos,
    Cátia Dias (a perfeita, muahahaha xD)

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  2. Primeiramente, devo lisonjear a forma como escreves e os assuntos abordados nos textos são, na sua maioria, muito curiosos e interessantes. De mim, sobre este texto tenho a dizer, que via e vejo a maioria das calamidades que acontecem sistematicamente como uma revolta causada pela instabilidade que o Homem provocou no ciclo da natureza, mas não menosprezo aquilo que se chamam forças (Deuses), tais seres que não sei sequer se têm um nome ou não, mas que hoje também acredito, por experiências de vida, daquelas que não põem apenas os cabelos em pé, mas que te levam a viver na incerteza e dizer "será que somos mesmo nós que existimos"? Sim, "penso logo existo", belisco-me e sinto dor, atiro uma pedra a um pássaro e ele cai, tudo isto num espaço de uma dezena de metros. A pergunta que me faço é que num universo cuja dimensão ainda nem imaginemos qual seja ou mesmo se chega a ter paredes, alguém não nos manda igualmente pedras e, nós, como pobres passarinhos, nem temos tempo para nos apercebermos porque caímos...
    Como disse, foram experiências de vida que me fizeram por em causa a presença mutua de Deuses e Natureza, em causas diferentes sim, e quem fala em morte e fim do mundo? O fim do nosso mundo vai ser o reflexo da morte de uma pessoa, pois como Lavoisier diz e muito bem, "nada se perde, tudo se transforma" e eu digo, nem os mortos morrem, nem o mundo acaba, mesmo depois de todos termos morrido e do Planeta Terra só sobrarem destroços.. ;)

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