7 de novembro de 2011

o retorno?!

Há dias, semanas, meses que não venho até aqui passar um momento em que deito tudo para fora. Tudo aquilo que me apetece escrever e o que não me apetece. Parvoíces, ou não, são os meus momentos. Não tenho vindo aqui talvez por falta de tempo, talvez por falta de vontade, não sei... Mas certamente não será por falta de coisas para escrever.
Agora deu-me um acesso de vontade quase desesperada de voltar a escrever. Porquê? Vontade de chorar, vontade de gritar, vontade de desaparecer, vontade de simplesmente poder dizer toda e qualquer coisa sem grandes ou nenhuns julgamentos. Vontade de escrever muito e não escrever nada. Vontade de me abstrair do Mundo à minha volta e de entrar num Mundo só meu, apesar de tudo o que me rodeia neste preciso momento.
No entanto tudo o que tenho às voltas na minha cabeça e tudo o que tenho para dizer, não pode nem deve ser escrito aqui. Então, mas que raio vim eu aqui fazer?!

É de notar a minha confusão e insanidade mental. Vou me retirar antes que saia mais texto e palavras sem sentido.

21 de março de 2011

Deuses vs Natureza

Numa altura em que o Mundo inteiro tem os olhos postos no Japão e na mais recente calamidade e destruição que lá ocorreram, surgem as ideias de que o Apocalipse para 12 de Dezembro de 2012 há muito anunciado, chegou mais cedo. Será que é mesmo uma coisa dos Deuses? Será que é mesmo um fim escrito nas estrelas? Ou será apenas a mãe Natureza a fazer notar a sua presença e a mostrar aos Homens que nada nem ninguém é maior que ela e que nada nem ninguém a consegue controlar?
Desde sempre que as pessoas tentam arranjar teorias para estas brutais catástrofes. Os mais antigos, punham as culpas nos Deuses esses que tinham o objectivo de castigar os Homens pelos seus pecados e maldades e mostravam a sua fúria com fortes chuvas, trovoadas, movimentos violentos de chão e coisas que tais. Nas várias civilizações e religiões, com os seu vários deuses e Deuses, era assim, e ainda continua a sê-lo nos dias de hoje. Lembro-me de ouvir falar em arcas de Noé desde que me conheço como ser. Sinceramente, nunca acreditei muito nisso e sempre vi as coisas de forma mais natural e credível.
Da minha parte e de muitas outras, sempre acreditei que a mãe Natureza é o nosso Deus. Sendo a Terra um planeta dinâmico, não há nada mais normal que sismos, que não são mais que movimentos de placas tectónicas com uma imensa libertação de energia. Por mais tecnologias que o Homem invente, por mais contra-natura que ele tente ser, nunca consegue lutar contra a Natureza e com a sua forma de gritar "Estou aqui". Não consegue lutar e muito menos consegue vencê-la já que, em pouco segundos, acaba com tudo o que o Homem criou, incluindo com ele próprio.
Confesso que me emociono facilmente com as tragédias que tantas vezes passam na televisão. Mas pergunto-me: "O que podemos nós fazer?". Achamos-nos sempre superiores a tudo mas não passamos de apenas mais um ser vivo que evoluiu de outro e que acabará por ficar extinto. A Terra foi criada muito antes de nós, e sismos, erupções, tsunamis e destruição sempre existiram, sempre existirão, mesmo quando apenas de nós sobrarem fósseis e ruínas. Não é castigo dos Deus porque nos portamos mal, é apenas a Terra a manter o seu equilíbrio.
Tudo o que podemos fazer é chorar sobre a tragédia e, sendo um bocado egoísta, ter esperança que não nos atinja de forma directa e que seja só uma realidade dentro da caixinha de cores. Para além disso, podemos também apreciar a calma da Natureza sempre com o maior respeito possível, porque depressa pode deixar de a ter.

3 de março de 2011

felicidade

Já repararam que quando estamos felizes, e não apenas alegres ou contentes, tudo à nossa volta é mais bonito? Eu falo por mim, mas acho que também posso falar por vocês.
Quando estou feliz, o despertador toca e até me custa menos sair da cama. A primeira coisa que faço é pensar no que me faz feliz e sorrir, simplesmente sorrir. Aprecio mais a luz da manhã e a água quente do banho. Não me importo tanto com o que visto e com qualquer coisa me sinto bem.
Quando estou feliz, saio à rua com um sorriso estampado na cara a apetece-me dizer "bom dia" a todas as pessoas que passam por mim. Oiço o piar dos pássaros e fascino-me com a sua dança frenética. E quando entro na sala de aula, até parece que custa menos.
Quando estou feliz, todos os dias são bonitos e uma dádiva. E quando a noite chega, torna-se menos sombria e assustadora.
Quando estou feliz, nada corre mal ou, pelo menos, dou bem menos importância ao que corre mal. Não há dias maus. E estes, transformam-se apenas em menos bons.
Eu estou feliz. Aliás, nunca estive tão feliz. Já não preciso de fingir sorrisos, porque eles são sinceros. Já não preciso de fingir alegria, porque ela é verdadeira.
Não estão felizes? Façam por isso. Não desistam do que mais querem. Tal como eu nunca vou desistir do que quero e do que me faz feliz. Lutem pelo que vale a pena. Tal como eu vou lutar por manter esta felicidade.
Mas não se esqueçam: "A felicidade só vale a pena quando partilhada.".

14 de fevereiro de 2011

será que nos espera a solidão?

Estes últimos casos de velhotes encontrados mortos em casa há dias, semanas, ou mesmo anos, tem me feito pensar. É triste que depois de toda uma longa vida, haja tanta gente que acaba na maior das solidões. Morrer em casa, sozinhos, sem ninguém dar por isso e algum tempo depois é que os vizinhos acham estranho não os verem pela rua nas suas actividades habituais. Família parece que não existe e se existe, parece que nem se lembra de fazer uma visita aos elementos mais velhos que fazem parte dela. Ali, em casa, sozinhos, esquecidos, dão o último suspiro.

Com isto tudo eu penso: será que é isto que me espera quando chegar a velha? Será que vou passar os últimos dias da minha vida completamente sozinha? Será que depois de morrer, ninguém vai dar pela minha falta no próprio dia? Será que vou passar a ser assim tão insignificante?
É certo que, por mais que possamos fazer ao longo da nossa vida, por mais amigos que tenhamos, e mesmo com parceiro vivo, filhos, netos, bisnetos, a velhice é sempre velhice e acho que todos tendem a sentir pelo menos uma leve solidão. Faz parte do nosso ciclo de vida. Mas assim sempre temos alguém que se lembre de nós quando morrermos.
Quando não existe família ou amigos e quando a única companhia somos nós mesmos, parece que nos resta morremos sozinhos. Os vizinhos, esses, hão de se aperceber da nossa ausência passados uns dias. Ligam à Polícia. A Polícia vem a nossa casa, encontram-nos estendidos no chão. Depois de todos os procedimentos legais, temos direito a um funeral com alguns vizinhos que aparecem por simpatia. Sete palmos de terra e somos completamente apagados do Mundo. Ninguém vai voltar a lembrar-se de nós. Haverá mais triste que isto?

De repente, lembrei-me de uma música da Mafalda Veiga, O Velho. Oiçam. E pensem.


A partir de agora, acho que vou dar muito mais valor aos momentos que passo com as outras pessoas. Eles são preciosos. Vou dar ainda mais do melhor de mim. Vou dar muito mais valor ao melhor e mesmo ao pior dos outros.Sei que ainda falta muito tempo para chegar a velhinha. Mas acho que se tiver uma alma cheia de bons momentos, quando esse momento chegar, pelo menos vou ter muito que me lembrar e sorrir. Pode ser que assim não me vá sentir tão só.

8 de fevereiro de 2011

deprimida

Hoje sinto-me extremamente deprimida.
Porquê? Não sei. Talvez farta da azáfama dos exames, talvez a precisar de férias. Talvez saudades de casa, talvez a precisar de voltar a Leiria depois de três semanas em Évora. Talvez com falta da comidinha da mamã, talvez com falta do mau feitio da mamã, da loucura do papá, da histeria da mana. Talvez a precisar de miminhos. Ou talvez, simplesmente acordei assim e preciso de dormir o dia todo.
Ai se eu pudesse dormir o dia todo... É aquilo que mais me apetece fazer, confesso. Mas só de pensar que tenho de decorar a anatomia de peixes, répteis, anfíbios, mamíferos, aves... Fico ainda mais deprimida! Como vou conseguir fazê-lo se nem me lembro do que comi ontem ao jantar?! Como vou conseguir fazê-lo se tenho vontade de tudo menos de me pôr em frente ao computador a olhar para aqueles nomes todos?! Escrever, ouvir música, ficar simplesmente na cama a olhar para as paredes ou dormir, parecem-me coisas tão bem mais interessantes que aqueles bichos. E pior! Ainda tenho de ir às compras porque não tenho leite em casa! Meu Deus, que triste que é não ter leite em casa! Que triste que é ter de estudar e ter vontade de tudo menos disso. Que triste que é ter de passar estes dias relativamente quentes fechada em casa.
E mais! Tenho o quarto num absoluto caos e não tenho vontade nenhuma de o arrumar. Confesso que já parece uma pocilga.
Primeiro, com falta de inspiração. Depois, deprimida. O que virá a seguir?!

3 de fevereiro de 2011

inspiração precisa-se

Com esta coisa toda toda dos exames, nem vontade tenho para estudar, nem inspiração tenho para escrever.
Estou há minutos a olhar para o monitor e para o teclado, e as ideias teimam em não chegar, os dedos teimam em não mexer, teimam em não carregar nas teclas e formar palavras. Será do frio? Será do cansaço? Ou será que é só mesmo falta de imaginação e de inspiração? Não sei, mas o que quer que seja, preciso de resolver.
Preciso urgentemente de férias. Preciso da comida da mamã e das horas passadas em frente à lareira sem nada que fazer. Preciso de ficar sem preocupações, nem que seja por uns meros dias.
Valha-me a vitória do meu Benfica hoje, frente ao Porto!
E pronto, foi isto que saiu depois de tanto tempo a pensar no que havia de escrever.
Conclusão: preciso mesmo de inspiração!!

22 de janeiro de 2011

sítios especiais

Enquanto pensava num novo tema para partilhar com vocês um pouquinho mais de mim, lembrei-me de vos mostrar os sítios mais especiais para mim. Aqueles onde mais fui e sou feliz. Aqueles que mais escondem e mais mostram o que fui e o que sou. Aqueles onde a minha história foi e vai sendo escrita.

__A minha bela Leiria
    Cidade onde cresci e me tornei mulher.
    Foi aqui que fiz muitas amizades e vivi os meus amores. Tal como D. Dinis, apaixonei-me por esta cidade e foi nela que me apaixonei também.
    Em Leiria estudei, andei horas e horas sem fazer nada, trabalhei, ri muito, chorei, saí à noite. Em Leiria continuo a andar, ainda com bem menos frequência. Agora, sempre que vou lá, recordo com saudades tudo o que ali passei. Saudade e alegria é o que sinto quando volto a andar por aquelas ruas. Ruas essas que outrora foram minhas e de alguém. Ruas essas que tanto guardam...
    Um dia, uma pessoa muito especial levou-me ao castelo onde eu já tinha ido antes. Mas daquela vez, foi diferente. Eu disse-lhe que precisava de falar com alguém, mas que não tinha ninguém com quem falar. Levou-me então lá, ao ponto mais alto da cidade, onde se vê tudo e todos. Ali, falei para o Mundo. Sei que ninguém me ouviu... Mas as lágrimas e as palavras que disse para a Cidade naquele dia, deixaram-me bem mais leve.
     Leiria vai ser sempre e para sempre a minha Cidade.



__Nazaré
    Esta é uma Cidade muito importante para mim. Apesar de ter ido lá apenas por três vezes, todos os dias que passei lá foram especiais. As recordações que tenho de lá, são as melhores.
    Na primeira vez que fui ao Sítio, fiquei absolutamente fascinada e maravilhada. É um lugar simplesmente lindo. Fui com um grupo de amigos.Na segunda vez que fui lá, parece que fiquei ainda mais apaixonada pela vista que se tem de lá. As pessoas que parecem formigas, as casas que parecem de brincar,a força do mar a bater nas pedras... Desta vez, fui só com uma grande amiga. Recheada de recordações, muitas nunca contadas e apenas vistas por ela, a Nazaré é, sem dúvida, um dos meus lugares preferidos, um lugar onde quero voltar muito mais vezes e sorrir com as lembranças.


__mui nobre e ilustre cidade de Évora
    Évora, uma Cidade de quase sonho. Ao andar pelas suas ruas, imagino as pessoas que nelas também andavam há anos e anos. Faz realmente sonhar. É impossível alguém chegar a Évora e não ficar logo a amá-la.
     É a minha nova Cidade e será assim também para sempre. Já vivi tanto nela e tão mais hei de viver. Abraçou-me e eu abracei-a. Agora sei que não há melhor sítio para estudar que este. O espírito académico que se recebe nela é completamente envolvente. É perfeito.
    Independentemente do tempo que ficar nela, sei que vai ser fantástico e absolutamente inesquecível. Ficará para sempre no meu coração. Mas, enquanto posso, vou aproveitá-la ao máximo, e a tudo o que ela tem para dar, bem como todas as amizade que fiz nela e que quero manter para sempre.
    


Há muitos outros sítios que me marcaram, como o Crasto, a aldeia onde moro, as Colmeias, o lugar onde estudei enquanto criança e onde tenho todas aquela boas memórias dessa bela fase da vida de qualquer pessoa... E muitos, muitos outros. Além de não encontrar fotos de todos esses sítios, nunca mais daqui saía se os pusesse.
O que é certo, é que são todos sítios que vou guardar para sempre na memória. Todos sítios a que vou querer voltar um dia. Porque independentemente do sítio onde vou assentar a minha vida, nunca nada é como os lugares onde nascemos e onde crescemos.
Estes sítios vão ficar para sempre no meu coração.
No entanto, qualquer sítio pode ser verdadeiramente especial, tudo depende das pessoas com quem nele estamos, ou apenas quem nele está. Então, será um sítio especial por si só, ou são as pessoas que o tornam  especial?
   

21 de janeiro de 2011

amizade perdida no tempo



Ontem, andava pelo meu email a apagar coisas inúteis que só servem mesmo para ocupar espaço na caixa de entrada, e deparei me com uns emails de 2007 e 2008 entre mim e a minha melhor amiga da altura. Eram textos cheios de amizade e carinho. Éramos tão importantes. Dependíamos uma da outra, não vivíamos uma sem a outra.
Lembro-me perfeitamente do tempo que passávamos juntas. Passávamos horas e horas a dizer coisas sem jeito nenhum, mas, ao mesmo tempo, conseguíamos ter conversas tão sérias quando era preciso. Sentávamo-nos sempre ao lado uma da outra nas aulas e falávamos, falávamos, até que os professores nos mandassem calar. Às vezes, em vez de falarmos, escrevíamos. Sobre tudo, sobre nada. De manhã, espera sempre por mim na rodoviária, porque ela chegava sempre primeiro. Quer estivesse frio, calor.. eu sabia que quando chegasse, ela ia estar lá à minha espera com um abracinho de bom dia. Na rua, andávamos de mãos dadas, sempre. Ríamos, chorávamos. Não nos largávamos.
Tínhamos uma amizade muito bonita.
Eu precisava, ela estava. Ela precisa, eu estava. Sempre. Uma para a outra. Eu estava triste, ela fazia-me sorrir. Ela estava triste, eu fazia-a sorrir.
O que é certo, é que bastou mudarmos de turma para nos começarmos a afastar. Sim, continuávamos a ver-nos, a passar algum tempo juntas, mas já nada era como dantes. Um ano passou e chegou a altura de ir para a Universidade. Ela foi, eu fiquei mais um ano. Daí a deixarmos de ter quase qualquer tipo de contacto, foi um pequeno passo.  Nem emails, nem mensagens, nem vermo-nos pessoalmente.. Tudo aquilo que tínhamos, por mais bonito que fosse, deixou de existir.
Hoje, tenho umas saudades dela descomunais. Aquela amizade faz-me falta. Ela faz-me falta.
Um dos meus objectivos para 2011 é voltar a estar com ela. Espero conseguir cumpri-lo. Bolas, só peço um cafézinho. Só peço umas breves horas do que fomos ou, pelo menos, umas breves horas a tentarmos ser o que fomos. Não quero que esta amizade não passe de uma amizade perdida no tempo.

18 de janeiro de 2011

exames, exames. bis.

Chegou a época de exames. Chegou a altura do tormento.
Esta é altura do ano em que me arrependo de não ter ido às aulas, de não ter estudado ao longo do ano, de não reclamar mais com as datas que os professores escolhem para as avaliações. Esta é a altura do ano em que tenho de tomar um comprimido por dia por causa das dores de cabeça.
Estudo. Comprimidos. Cigarros. Comida.
Gostava de saber o porquê da enorme falta de concentração com que que fico quando devia ter mais.
Gostava de saber o porquê de os professores marcarem os exames todos para a mesma semana quando existe um mês reservado para os fazermos e não apenas e só duas semanas. Eu bem sei que eles têm pouco que fazer e que não se importam muito connosco, mas não custava nada ter apenas um pingo de consideração pelos alunos que não são mais do que as pessoas que lhes pagam o salário.
Mais estudo. Mais comprimidos. Mais cigarros. Mais comida.
Não consigo concentrar-me. Penso em tudo menos naquilo que devia realmente pensar. Biologia das comunidades e ecossistemas. O que é isso, mesmo?! Aaaaaaaaahhhhhh. Desespero.
Isto de ter um exame por dia está a enlouquecer-me.

3 de janeiro de 2011

para ti



Todos nós temos algumas pessoas que consideramos mais importantes na nossa vida. Eu não sou excepção. E é para uma dessas pessoas, que sabe quem é, que escrevi este post.

Há já vários dias que tenho andado a pensar em coisas sobre ti para escrever. Lembrei-me de tudo e mais alguma coisa. O que é certo é que, agora, parece que todas essas coisas se perderam algures entre o ontem e o hoje. Mas vou deixar que a vontade que tenho de escrever hoje me guie e torne este textinho especial.

Confesso que já nem me lembro ao certo do momento exacto em que começaste a fazer realmente parte da minha vida. O que é certo, é que entraste nela e tornaste-a tão mais bonita. Coloriste-a de amizade, de amizade verdadeira. Iluminaste-a de sorrisos e gargalhadas sem fingimentos. Conseguiste fazer com que voltasse a acreditar naquela amizade incondicional e intemporal em que todas as crianças acreditam, tal como eu acreditei, até surgir a desilusão... O que é certo, é que em tão pouco tempo tornaste-te tão importante.
O que é a amizade? Segundo alguém, "A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz". É assim que me sinto contigo por perto: confortável, segura, liberta, feliz. Basta estares ali, não precisas de falar, basta estares. E esta é outra coisa que me fascina quando estou contigo, o facto de ser só preciso um olhar e é como se os nossos pensamentos se cruzassem, como se entoassem nos nossos ouvidos.
E sabes o que no meio disto tudo se torna menos importante? O que fazemos quanto estamos juntas. Das bebedeiras às idas ao McDonalds, das aulas às idas a sítios só porque sim. Podemos estar a fazer rigorosamente nada e só a dizer parvoíces ou simplesmente a fazer nada e a dizermos nada, mas basta estares.Tal como enuncia um provérbio chinês, "A palavra é prata, o silêncio é ouro", e não podia estar mais certo.
Nos momentos bons, ou nos momentos maus, sei que vais estar para mim, tal como eu vou estar para ti. Não quero que só procures a minha companhia para quando estás bem, quero que saibas que também podes contar com ela para quando estás mais baixo, ou quando achas que não és boa companhia. Estou para ti em tudo. Sei que isto já disse, mas não é de mais lembrar: não somos para mim simplesmente colegas de gargalhadas e bebedeiras, somo para mim amigas de gargalhadas, bebedeiras, lágrimas, de tudo. Vou ter sempre um sorriso e um abracinho para ti, tal como sei que tens para mim.
Costuma dizer-se que só nos apercebemos do valor das coisas quando as perdemos, mas não concordo! Já conheço bem o valor da nossa amizade, não preciso, muito menos quero, perdê-la para reconhecê-lo.
A verdadeira amizade é algo raro. Vamos preservar a nossa, sim?