27 de janeiro de 2012

turbilhão de sentimentos

Já alguma vez te sentiste com tantos sentimentos diferentes dentro de ti que parece que o teu corpo vai explodir a qualquer momento? É mesmo assim que eu me sinto.
Tenho dentro de mim tamanha quantidade de sentimentos... estranhos, diferentes, bons, maus, habituais...

Saudade
Amor
Raiva
Confusão
Certeza
Preocupação
Amizade
Felicidade
Tristeza
Incerteza
Carinho
Admiração 
Especulação
Intensidade
Desespero
...

Sinto tudo isto e muito mais dentro de mim ao mesmo tempo. Há sentimentos que queria resolver, perceber, deixar de sentir... Mas, de facto, é impossível controlá-los. Mas é possível escondê-los. E quando pareço vazia e sem presença, estou apenas a tentar não me afogar em tanto sentimento e manter à tona apenas alguns...

Alegria
Calma
Controlo
Normalidade
...


Apenas numa tentativa de tentar manter longe da vista este turbilhão de sentimentos. Controlá-lo.  Apenas aguardando o dia em que fique fora do controlo, e todos eles me saírem pelos olhos, como um enorme e invulgar arco-íris.

22 de janeiro de 2012

green eyes

Desde que me lembro de existir que oiço "tens uns olhos tão lindos". Não é que não me saiba bem ouvir tal elogio, mas o certo é que tenho uma personalidade muito para além dos meus olhos. Apesar de eles serem o espelho da minha alma, há muito para além deles que poucos quer ver,  muito poucos quero deixar que vejam.
Por vezes tenho medo de revelar todo o meu ser com um apenas um olhar, apesar de saber que tal é impossível. Mas é que, às vezes, a intensidade que aplico é tanta que só falta que gritem.
Muito se diz acerca dos olhos...
 "Olhos que não vêem, coração que não sente."
 "Os olhos são o espelho da alma"
 "Olhos verdes, olhos de traidor."
Eu, por mim, só tenho a dizer uma coisa...
 Se os meus olhos falassem...




E deixo-vos com uma linda música que o Chris Martins escreveu só para mim. :p




14 de janeiro de 2012

força, onde estás tu?

"Por vezes forte, coragem de leão,
Às vezes fraco, assim é o coração."
("Tudo o que eu te dou", Pedro Abrunhosa)


Onde estás tu, força de leão?!
Volta!!
Fortalece-me de novo o coração!
Vem!
Seca-me as lágrimas que insistem em cair-me pelo rosto.
Força, onde estás tu?

11 de janeiro de 2012

...

Fugindo um bocado ao meu registo pessoal, não posso deixar de pôr aqui esta imagem partilhada hoje no facebook. Isto porque, de facto, mudando as frases para o feminino, é exactamente isto que acontece comigo.

"Quando estou com raiva, sou irónica.
Quando estou com ciúmes sou fria (e irónica também)
Quando estou triste, sou quieta."




10 de janeiro de 2012

luna



Há muito que queria adoptar um cão. Encontrei várias ninhadas, vários cães, fiz vários contactos. Muitos desses contactos ficaram sem resposta, apesar do título "URGENTE!" utilizado, outros tiveram resposta, mas não resposta à minha resposta, menos era inacessíveis por questão de distâncias ou burocracias. Até que, finalmente, um contacto foi bem sucedido.
"A Joana e os oito" foram encontrados na rua, em Faro. A Joana, a mãe, estava bastante debilitada e não conseguia produzir leite suficiente para os oito filhotes que tinha tido. Foi acolhida, tratada como merecia e dois dias depois os pequenos cachorros já tinham leitinho suficiente para crescer.
Depois disto, só havia uma decisão: Qual cachorro escolher? Apesar de ter na ideia de adoptar um menino, a escolha não foi assim tão difícil quando, ao ver as fotos dos oito, houve uma menina que me chamou a atenção, a Portia, como se chamava na altura. Gorda, peluda, olhos meigos e ao mesmo tempo rebeldes. Depressa a fiz minha.
Esperei um mês para que ela crescesse e pudesse ter nos meus braços pela primeira vez. Todos os dias via as fotos que tinha dela e imaginava-me com ela. Finalmente, deixou o leite da Joana!
Novo passo: arranjar boleia para a já apelidada Luna de Faro até Leiria. Não foi difícil, graças à fantástica Companhia das Boleias.
Finalmente! A Luna estava nos meus braços. Uma bola de pêlo que rapidamente começou a morder-me os dedos. Sem tremer nem recuar, mostrou ser destemida e curiosa.
Primeira noite: nem chorou.
Com uma personalidade canina bastante forte e especial, só pára quando dorme e anda de carro. A bonecos, nada liga. As minhas mãos, são o seu brinquedo preferido.
Hoje, com pouco mais de seis meses, e cinco meses ao meu lado, a Luna é das melhores coisas que tenho na vida.
Cresceu. Mas ainda assim continua uma bola de pêlo bem grande e gorda.
Nunca tinha percebido como o amor entre uma pessoa e um animal de quatro patas podia ser tão grande e intenso. Nem se o que existia era realmente amor. Mas hoje percebo. É, sem sombra de dúvidas, uma das ligações mais fortes que tenho, impossível de ser cobrada.
Ela não se importa se estou gorda, magra, feia, bonita. Não se importa com nada disso. A única coisa que quer de mim é mimo, companhia e, claro, comida. E a mim, dá-me tudo o que posso precisar de um melhor amigos, só não me dá é conselhos!

A única coisa que não percebo é como é que há tanta "gente" por aí capaz de abandonar, mal-tratar, matar estes grandes amigos que há anos que se nos juntaram e a quem nos juntámos.

"Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais".

9 de janeiro de 2012

talvez a lua...

 "Tenho fases, como a lua 
Fases de andar escondida, 
fases de vir para a rua... 
Perdição da minha vida! 
Perdição da vida minha! 
Tenho fases de ser tua, 
tenho outras de ser sozinha. 
Fases que vão e vêm, 
no secreto calendário 
que um astrólogo arbitrário 
inventou para meu uso. 
E roda a melancolia 
seu interminável fuso! 
Não me encontro com ninguém 
(tenho fases como a lua...) 
No dia de alguém ser meu 
não é dia de eu ser sua... 
E, quando chega esse dia, 
o outro desapareceu..."
(Lua Advresa, de Cecília Meireles)

Quem quebrará a "maldição" de "ter fases como a Lua"?
Quem conseguirá ir contra as leis da física e fazer de um dia, apenas um dia, escuro e luz ao mesmo tempo?
Talvez o sol, talvez a luz, talvez a noite... Talvez a eterna solidão a que "ter fases como a lua" me condenou.
Talvez um dia, conseguirei ser de alguém que é meu.
Mas se esse dia chegar, e quando chegar, "o outro desapareceu"...

Condenada à solidão.
Talvez a lua, talvez a lua me dê a mão.

"Lua, eu quero ver o teu brilhar"!