17 de dezembro de 2010

o natal



Entrámos na época natalícia. As ruas das cidades enchem-se de luzes (embora até aqui a crise se faça sentir) e de votos de boas festas, Dizem ser uma época de paz e amor, mas será mesmo que o é?
Vejamos.
As crianças só pensam na meia noite, a hora que o senhor Pai Natal chega, para poderem começar a gritar pelas prendas e verem se os papás lhes deram a tão namorada Playstation, ou o novo modelo da Barbie que deixa os olhos das meninas a brilhar em todas as mil vezes que passa no anúncio na tv. Quando a prenda que recebem não é a que realmente queriam, fazem birra e esquecem-se de que o importante é o espírito e o gosto de dar algo a alguém importante.
Os adultos, vivem numa azáfama total e correm às compras de última hora, acabando por não conseguirem encontrar os presentes pensados e pedidos com tanta antecedência. Entopem shoppings, filas de supermercados, lojas de rua.. Gastam o dinheiro do décimo terceiro mês e algum das poucas poupanças que conseguiram juntar ao longo do ano. Também eles acabam por esquecer que o importante é o espírito e a vontade de dar..
Quem ganha com tudo isto, claro, é o comércio. Com as montras luminosas e promoções aliciantes, fazem de tudo para conquistar os olhos dos clientes.
Então e aquela história do menino Jesus, da Virgem Maria, do senhor José, dos Reis Magos.. Fica só para o presépio e para a árvore de Natal?! Esquecidos a um canto da sala. Supostamente, era esse o motivo da celebração. Mas tudo se transformou em materialismo e consumismo.
Então e aquela felicidade de ter a família toda reunida à mesa a conversar sem discussões? Supostamente, era esse o motivo da consoada e do próprio dia de Natal. Mas parece que se transformou numa obrigação.
De facto, a crise toca a todos e chega a todo o lado, incluindo à felicidade e à alegria das pessoas.
Esta época dura pouco, mas façam dela uma boa memória do ano que passou. Esqueçam a crise, os problemas, as amarguras. Não precisam de dar prendas caras, nem de encher a casa de luzinhas, precisam apenas de dar o melhor de vocês aos outros. Afinal de contas, pode ou não pode ser uma época de paz e amor?

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